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Por: Roberto Rooney Zabelo

Transformar uma ideia num negócio é uma excelente ideia! Fazer dinheiro com ela é outra coisa!

Qualquer ideia é excelente... até que seja provada! Provar é o que mede efetivamente nossa capacidade de empreender.

Se quisermos empreender e transformar, teremos que provar tudo a todos, o tempo todo.

Temos que provar que nossa ideia resolve problemas e que ao fazer isso, alguém (preferivelmente muitos “alguéns” na verdade) reconheça o benefício e pague por ele.

Temos que provar que somos capazes de transformar as ideias em realização. Isso quer dizer: criar um modelo de negócios, desenhar processos e fluxos e trabalho, encaixar as peças, dominar conhecimentos das tecnologias essenciais, saber vender, conhecer as pessoas que tem contribuição efetiva com a realização e envolvê-las - engajá-las é melhor - com a ideia e conduzi-las para nosso oásis de valor (sejam eles nossos clientes, parceiros ou investidores).

Temos ainda (e principalmente) que provar que nossa ideia é viável, vende e produz resultados para atrair o capital requerido e seguir para novas etapas. Aqui, além de provar, teremos que comprovar! Alguém pode investir algum valor numa ideia que pareça viável por pura emoção, mas investir o valor necessário (e suficiente) para essa ideia se transforme num negócio em operação – melhor ainda, em crescimento - é algo totalmente diferente – altamente racional. Provar aqui (para o investidor) significa compartilhar sua fé... mas, demonstrá-la através de seus números e resultados.

Para isso há que seguir provando, provando e provando através de uma enorme reserva de paciência, resiliência, confiança, energia, coragem, etc., etc., etc.. Isso tudo quer dizer que permanentemente temos que provar nossas competências profissionais, gerenciais, pessoais e... estomacais (essas especialmente devotadas para o gigantesco volume de fatores incontroláveis).

Há uma anedota a respeito de Cristóvão Colombo e sua viagem de descoberta. Quando saiu da Espanha, dizem alguns, Colombo não estava muito certo sobre a rota, quando chegou à terra firme não sabia onde estava e quando retornou não estava certo de onde esteve. A única coisa que sabia é que o que ele mais queria (ouro, realização, reconhecimento) não estava na Espanha antes da viagem e para isso teve que se provar o tempo todo. Infelizmente seu mérito não foi totalmente reconhecido, porque se o fosse, o Vale do Silício estaria hoje localizado nos Estados Unidos da Colômbia (... não da América).

Falhar faz parte do processo de aprendizado e se estivermos dispostos a desafiar nossa capacidade de provar incansavelmente novas ideias e sermos fiéis aos nossos ideais de realização estaremos renascendo todos os dias abertos a novas possibilidades.

Será que um emprego (... confortável?) numa corporação garante essa sensação efetiva de realização. Muitos pensam que sim, outros prepararão a Santa Maria, a Pinta e a Niña para a viagem de suas vidas. Fracasso e sucesso dependem da perspectiva de como são vistos!

Provar é preciso!