Startup pode se tornar viável e rentável com ajuda de investidor anjo

Data: 18/06

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/06/negocio-pode-se-tornar-viavel-e-rentavel-com-ajuda-de-investidor-anjo.html

Para começar um novo negócio no Brasil, hoje, o empreendedor tem que avaliar ainda mais os riscos por causa da crise econômica. Mas com a ajuda de um investidor anjo, o empreendimento pode se tornar viável e rentável.

Não basta ser bonita para ser modelo. Nem basta ser uma empresa novinha para ganhar o título de startup. Tem que fazer diferente. Criar um produto ou serviço que ninguém viu por aqui.

A fotografa de moda, Vanessa Diskin, foi contratada para encontrar e fotografar uma modelo loira, alta para um cachê baixinho. A Júlia, com 1,78 metro, apareceu na tela do site de uma empresa que inovou inventando o jeito de apresentar modelos a clientes.

“Antigamente a gente tinha que ou ligar na agência ou ir atrás de modelos que a gente já tinha conhecido e contratava. E dessa forma, a plataforma faz tudo pra você. Vai fazer uma busca de acordo com a data, de acordo com o valor e de acordo com o perfil que você precisa”, conta Vanessa.

Essa ideia surgiu na cabeça do Filipi Russo há dois anos. "A gente recebeu um investimento em outubro e fez muita diferença assim para gente. De lá para cá, a gente conseguiu se estruturar muito mais e a principalmente gente conseguiu divulgar muito mais o que a gente estava fazendo”.

A escalada de uma startup quase sempre segue um roteiro:  depois da ideia, tem que formar o time, desenvolver e testar o produto até conquistar os primeiros clientes.  Chega a hora do empreendedor se arriscar, ganhar o mundo: investir em equipamento, contratar gente, alugar o espaço. Nesse momento, o investidor aparece como um anjo. De um lado, o empreendedor que sonhava com uma empresa de carona e do outro um investidor estrangeiro que não sabia onde aplicar dinheiro. Adivinha se não deu certo?

“O investimento vem para aumentar aquilo que você já vem fazendo, vem para aumentar aqueles resultados já começam a brotar”, diz o empreendedor Marcelo Sakai.

Só nos três primeiros meses desse ano, o investimento anjo no Brasil cresceu 20%.

“Com um valor relativamente pequeno, R$ 10 mil, R$ 20 mil, o investidor passa a participar desse mercado. É um mercado de risco, obviamente, mas onde tem alto potencial de rendimento futuro. E do lado do empreendedor, é uma opção ao mercado corporativo, ao mercado formal de empregos que está cada vez menor”, explica o especialista em investimento anjo, Renato Simon.

Mas quem é afinal esse anjo que quando só se fala em crise econômica está louco para investir. “Eu sou italiano, mas aprendi o dito que quando tem alguém que chora, tem alguém que vende o lenço. Acho que é a diferença do brasileiro em relação a outros países, é que muito aberto, aberto a receber mentoria e receber também investimento”, fala o investidor Marco de Biasi.